Havia um homem rico e feliz, em uma província chamada felicidade. Conta a história que ele possuía três hábitos que envolviam três objetos estranhos e que isso seria o segredo de toda sua fortuna e felicidade.
O primeiro objeto era uma moeda de ouro que ele carregava sempre em seu bolso. Ele tinha o hábito de brincar com ela o tempo todo, jogando-a para cima e pegando novamente. Quando estava para fechar algum negócio, ficava por algum tempo olhando a moeda com o pensamento bem longe.
O segundo objeto era com um cordão feito com fios de vime, com vários nós bem apertados. Dizem que a noite, ele sentava em sua cama e ficava por horas desatando os nós que eram muito apertados. Diziam também que em alguns dias, ele mesmo fazia mais nós no cordão.
O terceiro objeto era um pedaço de papel velho com alguma coisa escrita. Ele tinha o hábito de olhar várias vezes durante dia. Guardava em sua carteira e carregava sempre com ele. Quem o conhecia, podia ver ele durante o dia abrindo a carteira, desdobrando o papel, dando uma olhada e guardando novamente.
Ele nunca contava para ninguém quais eram os significados dos três objetos. Sabia-se apenas que fora um menino muito pobre, mas que enriqueceu depois de sair da casa de seus pais ainda muito jovem. Aquele homem envelheceu feliz, prospero e satisfeito com a vida.
Certo dia o homem, já velho e sabendo que todos daquela província tinham curiosidade a respeito de seus três objetos, resolveu revelar para seus melhores amigos.
Convidou todos eles para irem a sua casa naquela noite fria e chuvosa. Todos os seus amigos compareceram para aprender os três segredos tão estranhos, mas tão eficientes, conforme se falavam entre eles.
Foram recebidos e todos sentaram ao redor de uma poltrona velha de couro perto de uma lareira quentinha. Na sala aconchegante e muito bem decorada, aguardavam com entusiasmo a revelação da fórmula que os levaria a mudança de vida.
O velho entrou na sala e depois de abraçar os seus amigos, sentou-se na velha poltrona de couro, pegou sua moeda e começou a jogar para cima. Finalmente começou a contar o que significava cada objeto que utilizava como uma fórmula para o sucesso.
Primeiro Pegou o pedaço de papel que estava em sua carteira e leu para seus amigos.
“O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. Dormisse e se levantasse, de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.”
Este é o grande segredo, o que semeamos na vida a todo momento, vamos colher.
O segundo objeto era um cordão cheio de nós. Ele significa o que ouvimos das pessoas desde nossa infância. São como comandos hipnóticos que obedecemos mesmo sem saber.
-você não é bom o suficiente;
-Dinheiro na mão é vendaval;
-felicidade não existe;
-filho, você nunca será melhor que seu irmão;
-viver é matar um leão por dia;
-se você não tirar boas notas, não sera nada na vida;
-ricos não vão para o céu;
– O dinheiro é a raiz de todo o mal.
Muitas palavras criam nós em nossa vida. Quando pratico o segredo que esta escrito no papel, desamarro alguns nós.
Depois disso, o velho sábio ficou em silêncio olhando para seus amigos…
Então os amigos, esperando que algo muito importante, estaria na moeda o que o velho estava jogando para cima. O lugar foi tomado por um silêncio. Se ouvia somente o barulho da moeda que era jogada para cima.
-Vocês estão curiosos para saber sobre a moeda, sorriu o velho?
-Sim! Disseram todos.
O velho com um sorriso disse, a moeda não significa nada, é apenas uma distração.
Todos ficam distraídos pelo dinheiro o tempo todo, fazem tudo por ele e se esquecem do mais importante. De desatar os nós, e de plantar o tempo todo.