O que a Bíblia diz sobre doenças pandêmicas?


 

 

Deus também alertou o Seu povo sobre as consequências da desobediência, as quais incluíram pragas (Levítico 26:21, 25). Em duas ocasiões, Deus destruiu 14.700 pessoas e 24.000 pessoas por vários atos de desobediência (Números 16:49 e 25:9). Depois de dar a Lei Mosaica, Deus ordenou que o povo a obedecesse ou sofresse muitos males, incluindo algo que se parecia com o ebola: “O Senhor os ferirá com fraqueza, febre e inflamação… e isto os perseguirá até que vocês pereçam” (Deuteronômio 28:22). Estes são apenas alguns exemplos de muitas pragas e doenças que Deus causou.

Às vezes é difícil imaginar nosso Deus amoroso e misericordioso demonstrando tanta ira e raiva em relação ao Seu povo. Mas os castigos de Deus sempre têm o objetivo de arrependimento e restauração. Em 2 Crônicas 7:13–14, Deus disse a Salomão: “Se eu fechar o céu de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo, se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.” Aqui vemos Deus usando o desastre para atrair o Seu povo para Si mesmo, a fim de causar o arrependimento e o desejo de vir a ele como filhos de seu Pai celestial.

No Novo Testamento, Jesus curou “todo tipo de doenças e enfermidades”, bem como pragas, nas áreas que visitou (Mateus 9:35; 10:1; Marcos 3:10). Assim como Deus escolheu usar pragas e doenças para mostrar o Seu poder aos israelitas, Jesus curou como uma exibição do mesmo poder para comprovar que era verdadeiramente o Filho de Deus.

Ele deu o mesmo poder de cura aos discípulos para autenticar o ministério deles (Lucas 9:1). Deus ainda permite a doença para os Seus próprios propósitos, mas, às vezes, as doenças, até mesmo as pandemias mundiais, são simplesmente o resultado de vivermos em um mundo caído. Não há como determinar se uma pandemia tem ou não uma causa espiritual específica, mas sabemos que Deus tem controle soberano sobre todas as coisas (Romanos 11:36) e as usa para o bem daqueles que o conhecem e amam (Romanos 8:28).

A disseminação de doenças como o ebola e o coronavírus é um antegosto de pandemias que farão parte do fim dos tempos. Jesus Se referiu a pragas futuras associadas aos últimos dias (Lucas 21:11). As duas testemunhas de Apocalipse 11 terão poder “para ferir a terra com todo tipo de flagelos, tantas vezes quantas quiserem” (Apocalipse 11:6). Sete anjos causarão sete pragas em uma série de julgamentos finais e severos, assim como descritos em Apocalipse 16.

O aparecimento de doenças pandêmicas pode ou não estar ligado a algum julgamento específico do pecado por parte de Deus. Também pode ser simplesmente o resultado de vivermos em um mundo caído. Como ninguém sabe a hora da volta de Jesus, devemos ter cuidado ao dizer que as pandemias globais são uma prova de que estamos vivendo no fim dos tempos. Para aqueles que não conhecem Jesus Cristo como Salvador, a doença deve ser um lembrete de que a vida nesta terra é tênue e pode ser perdida a qualquer momento. Por pior que sejam as pandemias, o inferno será pior. O cristão, no entanto, tem a certeza da salvação e a esperança da eternidade por causa do sangue de Cristo derramado na cruz por nós (Isaías 53:5; 2 Coríntios 5:21; Hebreus 9:28).

Como os cristãos devem responder a doenças pandêmicas? Primeiro, não entrem em pânico. Deus está no controle. A Bíblia diz o equivalente a “não tema” mais de 300 vezes. Segundo, sejam sábios. Tomem medidas sensatas para evitar a exposição à doença e para proteger e prover para a sua família. Terceiro, procurem oportunidades para o ministério. Muitas vezes, quando as pessoas têm medo de perder as suas vidas, elas estão mais dispostas a ter conversas sobre a eternidade. Sejam ousados e compassivos ao compartilhar o Evangelho, sempre falando a verdade em amor (Efésios 4:15).