Autor: Paulo
Data: Cerca de 60—61 dC
Antecedentes
Éfeso era um importante porto da Ásia Menor, localizado perto da atual Izmir. Tratava-se de uma das sete igrejas a quem Jesus endereçou suas cartas em Ap 2-3, um fato relevante para estudar esta epístola, uma vez que ela circulou originalmente para quase o mesmo grupo de igrejas.
Embora Paulo já tivesse estado em Éfeso antes (At 18.21), ele foi ministrar lá pela primeira vez no inverno de 55 dC. Lá ele ministrou por dois anos inteiros (At 19.8-10), desenvolvendo um relacionamento tão profundo com os efésios que sua mensagem de despedida a eles é uma das passagens mais emocionantes da Bíblia (At 20.17-38).
Ocasião e Data
Enquanto estava preso em Roma, Paulo escreveu Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. Confinado e aguardando julgamento (3.1; 4.1; 6.20), o apóstolo escreve esta carta encíclica— para se lida por várias congregações. Efésios e, provavelmente, a mesma carta mencionada em Cl 4.16 como estando presente em Laodicéia ao mesmo tempo em que circulava.
Conteúdo
A mensagem pulsante de Efésios é “para louvor de sua (Cristo) glória” (1.6,12,14). A palavra glória ocorre oito vezes e refere-se à grande excelência de Deus, sua sabedoria e seu poder. O objetivo magnífico está na publicação do compromisso de Jesus de construir uma igreja gloriosa, madura e de um ministério “sem mácula, nem ruga” (5.27).
Efésios revela o processo pelo qual Deus está trazendo a igreja para seu objetivo destinado em Cristo. Os passos básicos de amadurecimento são dados na direção do compromisso da igreja de lutar conta os poderes do mal: 1) antes da igreja ir para a guerra, ela deve andar; e 2) antes de andar, a igreja aprende onde ela está. A carta divide-se em duas seções: 1) a oposição do crente, caps 1-3 e 2) a prática do crente caps. 4-6.
Cristo Revelado
Ef foi chamado de “Os Alpes do NT”, “O grande Cânon da Escritura” e “O ápice real das Epístolas”, não somente por seu grande tema, mas devido à majestade do Cristo revelado aqui. Cap. 1: Ele é o redentor (1.7), aquele em quem e por quem a história será definitivamente consumida (1.10); e ele é o Senhor ressuscitado que não apenas ressuscitou dos mortos e do inferno, mas que reina como Rei, derramando sua vida através de seu corpo, a igreja— a expressão atual dele mesmo na Terra (1.15-23). Cap. 2: Ele é o pacificador que reconciliou o homem com Deus e que também torna possível a reconciliação entre os homens (2.11-18); e ele é a “principal pedra da esquina” do novo templo, que consiste de seu próprio povo sendo habitado pelo próprio Deus (2.19-22). Cap. 3: Ele é o tesouro em que são encontradas as riquezas inescrutáveis da vida (3.8); e ele é o que habita nos corações humanos, garantindo-nos o amor de Deus (3.17-19); e ele é o vencedor que acabou com a capacidade do inferno de manter a humanidade cativa (4.8-19). Cap. 5: Ele é o marido modelo, dando-se sem egoísmo para realçar sua noiva— sua igreja (5.25-27, 32). Cap.6: Ele é o Senhor, poderoso na batalha, o recurso de força para seu povo enquanto eles se armam para a batalha espiritual (6.10).
O Espírito Santo em Ação
Como com Cristo, o ES é revelado em um ministério bastante amplo e através do crente. Em 1.13, ele é o selador, autorizando o crente a representar Cristo; em 1.17 e 3.5, ele é o revelador, iluminando o coração para aprender o propósito de Deus; em 3.16, ele é o doador, a quem Cristo dá força; em 4.3, ele é o Espírito da unidade, desejando sustentar a ligação de paz no corpo de Cristo; em 4.30, ele é o Espírito de santidade, que pode se entristecer por insistência de ocupações carnais; em 5.18, ele é a fonte através da qual todos deve ser continuamente cheios; em 6.17-18. Ele é que dá a Palavra como espada para uma batalha e o assistente celeste que nos foi concedido para nos ajudar a orar e a intervir até que obtenhamos a vitória.
Esboço de Efésios
Saudação de abertura 1.1-2
I. A posição do crente em Cristo 1.3-14
Bênçãos de total redenção 1.3-8
Parceria no propósito de Deus 1.9-14
II. A oração do apóstolo por discernimento 1.15-23
Para corações que vêem com esperança 1.15-23
Para a experiência que compartilha da vitória de Cristo 1.19-21
A igreja: o copo de Cristo 1.22-23
III. O passado, presente e futuro do crente 2.1-22
A ordem passada dos mortos que vivem 2.1-3
A nova ordem da vida amorosa de Deus 2.4-10
A antiga separação e falta de esperança 2.11-12
A nova união e paz atual 2.13-18
A Igreja: Edifício de Cristo 2.19-22
IV. O ministério e mensagem do apóstolo 3.1-13
O ministério concedido a Paulo 3.1-7
O ministério que é dado a cada crente 3.8-13
V. A oração de poder do Apóstolo 3.14-21
Por força através do ES 3.14-16
Por fé e amor através da habitação de Cristo 3.17-19
A igreja e glória de Deus 3.20-21
VI. A responsabilidade do crente 4.1-16
Para alcançar a unidade com diligência 4.1-6
Para aceitar a graça e dons com humildade 4.7-11
Para crescer no ministério como parte do corpo 4.12-16
VII. O chamado do crente para a pureza 4.17-5.14
Ao recusar a falta de inclinação mundana 4.17-19
Ao tirar o velho e colocar o novo 4.20-32
Ao Brilhar como filhos da luz 5.8-14
VIII. A vocação do crente para a vida cheia do Espírito 5.15-6.9
Buscar a vontade e sabedoria de Deus 5.15-17
Manter a plenitude do Espírito através de louvor e humildade 5.18-21
Conduzir todos os relacionamentos de acordo com a ordem de Deus 5.22-6.9
IX. A vocação do crente para a batalha espiritual 6.10-20
A realidade da batalha invisível 6.10-12
Armadura para o guerreiro 6.13-17
A Ação envolvida na batalha 6.18-20
Fonte: Bíblia Plenitude